quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Brado II





Lembrei do meu passado
Oh que solidão
Mas esse é só um atraso
Do que me lembro, era só um coração

Com certeza é bem exato
Esse meu compasso
Eu finjo um deslize
E você entende? Eu acho...

É bem de leve, doce cânone
com ardor da tua inspiração
preenchi com conhecimento vão
Aos olhos desse povo tão pagão

Ora, acho que errei afinal
talvez nunca tenha acertado
Da escolhas, a mais certa
era não escolher e me privar do afetado

Lição aprendida
Será?
Do elo mais fraco
Correspondente medida valerá?

O olhar turvo ao chão
revela saida da alma
E ao mais sujo, um sujo coração
manchado da labuta e dor

Conspirei contra mim
e me reclui nisso
Oh! Que muros então levantei
Para afastar você, quando só te queria perto no fim

No fim...

Era mais desprezo pelo "eu"
que amor a outrem
Esqueci que afinal
Quem muito faz por outro, foge do seu

Oh Legado fado
fadado a repetição do suicido ingrato
A vida passa e assistimos
da mesma forma, no mesmo espaço

Que espaço...

Como pode dizer? Como pode?
O mais fraco elo
é aquele que levanta os demais
Mesmo que respirando ainda com muito esmero

Como pode dizer? Como pode dizer isso de mim?
Que dos tolos os maior erro é o meu
Que dos inconseqüentes o maior extravio é o meu
Que dos loucos de todo tipo, loucura maior é a minha
Que das lamúrias... A menor de todas
E a mais leve dor

É a minha...

É a minha?

Ingrato, ingratos
todos vocês
e eu, de mim a eu mesmo
Que me fecho em muros

E deixo que me suguem sem sequer dor esboçar
O mais fraco? O mais tolo?
Talvez sim

Mas hoje, e a partir

Não mais


(Foto: Capa do Álbum Lateralus da Banda Tool)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Máscara





Mascaremos então o dia a dia
A cada noite mais distante dessa nossa agonia
Vivamos felizes com essa falsa folia
E presenteemos a dor com a nossa ilustre rebeldia

Que se rebelem os sentimentos
e entrem em greve esses nossos lamentos
Que sejam bem distribuídos e eternos
ou se calem pra sempre em meios mais ternos

Justos sejam, então pois
Os sentimentos que se relacionam com os outros
Para que se olhe o que vem depois
Com olhos iguais e soltos

Nessa direção que caminham
a linha tênue entre ódio e amor
que em nosso olhar sibilam
tão iguais em profunda dor

Sofrer por ambos é, então, normal
Sentimentos que tornam a situação igual
Soframos de mentira então
com dor ou com amor ao chão

Mascaremos a dor com o amor
E o sorriso de rancor
Que sairá do rufar do nosso tambor
Assistenciará essa tendência de fim para a dor

Abra seu sorriso, feche seu rosto
de qualquer maneira fugaz
com a mascará que seu coração trás
liberte a solidão para o fim do sofrer penoso

De norte a sul deste Mundo ou País
tanto faz, sigamos você e eu
transformemos cores em gris
Perfeitamente feita para bel prazer seu

De não mais sorrir
Mas não mais chorar
De apenas existir
E nunca mais se atrever a sonhar

Por que o vôo é um presente
E só os anjos os conseguem
Pois eles estão cientes
De que mortais não os seguem

Deixe em paz a solene tentação
de viver e atrever
Mascaremos essa emoção
de chorar pelo bem de seu fiel querer

sábado, 12 de dezembro de 2009

O Brado



Acho que o tempo parou
Quando olhei em seus olhos
Pela ultima vez, tudo mudou

Acho que eu errei
O meu maior erro foi acertar
Tive certeza disso quando voltei

Você está certa
Eu não sou tão corajoso
Mas quem é nesses tempos loucos?

Apenas tive a vontade
de ver minha amada e amante
Automanter-se e seguir adiante

Por esse erro me mantive na saudade
Por esse erro eu encontrei a minha inercia

Doce carencia
Que tras de longe o afagos da moral
De que adianta me manter de pé
Se me enclausuro em sentimento tão banal?

Mas ao olhar pro futuro
Vejo de pé e confronto
meu passado, e seu fim prematuro

Questiono meus atos
Revigoro a ferida
Com mais atenção aos momentos
encontro, de certa forma, a saida

Doce inercia
Que tras de longe as anciedades da carencia
De que adianta me manter preso a ti
Sem deixar, de meus sentidos, ter ciência?

A felicidade que zelei por você
Não tive para mim
E em cada sorriso apenas para crêr
Que você estaria bem no fim

Essa é a felicidade que busquei?
No fim de tantas luas a felicidade encontrei?
A resposta, é não por certo sei

Doce lua
Que tras de longe toda a amargura
De que adianta me fazer sorrir
Quando vejo a minha volta o espaço ruir?

Pois encontro então a resposta
Nessas noites em claro,
Digo e faço aposta
Não foi tristeza que veio, naquela hora, o faro

Quando vi a porta fechar
Quando não pude mais te olhar
E soube, foi a ultima vez que ouvi falar

Tive no coração o mais profundo pesar
Não o de tristeza em acabar
Mas a dor e a frustração de, por tanto, sacrificar
E no final, ter os planos destruidos ao falhar

Doce ciencia
Que tras de longe os afagos da sabedoria
De que adianta me afastar a carencia
Se em pé, vejo, sinto, era meu coração que morria?

Leve como o vento, a sensação
Essa é a que a descoberta traz
No fundo cria ancoras ao coração
Que por medo, voar nos faz

Desentralçado das amarguras e pesamentos vis
Eu, que quis riscar do passado
e as inuteis tardes gris
Vi o absurdo de culpa e disso, negado

Minha mão livre escreve bem
O que a mente lápida e o coração também
Não preso as bordoadas da aflição
De um passado negado, em que pese o coração

Oh Doce Negação!
Que tras tão de perto os prazeres e as dores
De que adianta me abraçar agora
Se meus meses já se foram em noites insones?

Mas em que pese a redenção
meu espirito encontra-se livre
Dessa culpa e desse pensamento vão
De me prender ao que fiz e disse

Oh doce sensação
Que tras de longe os ápices dessa redenção
Me matenha de pé agora
Para que possa seguir com paz no coração

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sonhos




Eu via pela floresta
Eu via você em sua doce inercia
Andava despreocupada, a vida passava
Eu via você, de olhos fechados, parada

Eu acariciava as estrelas
Buscava acordar você, entrete-la
Eu via o mundo nascer
e você dormir, sem se preocupar com o amanhecer

Eu tinha certeza da verdade
Que se escondia por tras da intensidade
Das nossas conversas
Nos seus sonhos, nas nossas peças

Eu me aproximava de você
As estrelas caiam sem você perceber
Eu sentia o cheiro do pessego, e o sabor do morango
Eu olhava seus olhos fechados e me aproximava sem pranto

Eu tinha medo do som
Que te acordasse desse sonho bom
Porque mesmo meus passos leves e serenos
continham uma fração dos seus sonhos plenos

Pois quando o sol nasceu
E o seu sonho finalmente desfaleceu
Ao olhar em seus olhos e você nos meus
Vi sumir as estrelas e do pó, junto, fui eu

Esperando de novo você sonhar
Numa nova noite, e te tocar
Esperar esse dia e suas longas horas passar
Enquanto no sonho, durmo e começo eu a sonhar!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Antes/Agora





Provocava, eu provoco
Talvez, por um erro, até invoco
E vem, naturalmente a sensação
Que une a nos dois em singular ação

um nariz, a distância cobria
Tão brincalhões, riamos entre toques
Nos nossos jogos de choques
que só a gente entendia

Bebia a sua felicidade
entregava minha voracidade
Era ela que alimentava
mas inutilmente, não saciava

O culpido da filosofia
Cria o laço que por nos é compreendido
Faz com que a gente sorria
Das piadas de um dia ganho ou outro perdido

É erro que cometo em dizer
Atraves desta, a tradução
Mas, mesmo que todos possam ver
Eu quero negar agora minha razão

Por motivo basico
O mesmo que me faz negar a solidão
E me proteger do frio
Com as suas mãos

E o frio que sinto
Me lembra do calor de outrora
Não odeie, eu não minto
Seus lábios ainda são meus agora

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Musica para a alma





Senti isso quando te vi
Eu desmenti, eu menti, eu realmente omiti
eu entreguei os pontos quando te perdi
eu lutei, eu matei, eu morri

Eu vi o som que sai da sua boca
o som mudo das suas letras no meu caderno
O som exaurido de força
a caneta bateu forte em modo moderno
de ver a vida e entreter a alma

Eu fiz uma musica, uma dedicatoria, uma soma
eu escrevi o que saia de minha sombra
Eu fiz uma musica, uma musica para a alma
Eu realmente fiz... Uma musica para a minha alma

Mostrei como me senti eu dei tudo que podia dar
resaltei tudo o que omiti, eu tentei negar
senti tudo o que podia, eu tentei lhe entregar
dessas letras vazias, mentiras por chegar

E nessa musica que eu fiz
Nessa soma que tentei fazer
Eu escrevi uma sombra para a sombra
Eu escrevi uma musica para a alma

Como pude fazer tudo o que fiz?
Falar tanto e no fim não dizer nada?
Como pude, como pude demonstrar cada tris
e no final, disfarçar minha dualidade em uma forma exata?

Eu escrevi para a sombra e a sombra respondeu
Eu escrevi para a alma e a alma se excedeu
Como pude fazer tudo o que fiz?
Dizer tudo, tudo que você não diz?

Eu recuei, eu me afastei.. eu tive medo
Tenho medo de ter medo
E esse medo me afastar com a ponta do seu dedo
Eu tenho esse medo de ficar so
E esse medo de dizer a você, e você escutar sem do

Eu escrevi para minha alma nessa noite que se sucedeu...
E minha sombra respondeu

domingo, 12 de julho de 2009

Minha Idéia




Você é o olhar que eu não vi
O vento que passou
E eu não senti
Você é tudo o que nunca me tocou

Não é aquilo que eu senti
Não é por quem eu tentei
Você não é por quem eu sofri
Tampouco me fez feliz como serei

Não existe motivo
Não existe razão
Existe sentido
Existe emoção

Nunca vi, nunca verei
Nunca provei, nunca saberei
Nunca entenderei
Mas nunca te perderei

Não dá pra demonstrar
você não existe no mundo
você é algo que não da pra falar

Não que você não seja
Mas pra mim ainda não é
Não que eu não percebi
Mas perceberei caso a veja

Você é a ideia em si
Eu falo sobre as que não somem
Você nunca esteve aqui
Mas, pelos menos ideias não morrem