sábado, 12 de dezembro de 2009

O Brado



Acho que o tempo parou
Quando olhei em seus olhos
Pela ultima vez, tudo mudou

Acho que eu errei
O meu maior erro foi acertar
Tive certeza disso quando voltei

Você está certa
Eu não sou tão corajoso
Mas quem é nesses tempos loucos?

Apenas tive a vontade
de ver minha amada e amante
Automanter-se e seguir adiante

Por esse erro me mantive na saudade
Por esse erro eu encontrei a minha inercia

Doce carencia
Que tras de longe o afagos da moral
De que adianta me manter de pé
Se me enclausuro em sentimento tão banal?

Mas ao olhar pro futuro
Vejo de pé e confronto
meu passado, e seu fim prematuro

Questiono meus atos
Revigoro a ferida
Com mais atenção aos momentos
encontro, de certa forma, a saida

Doce inercia
Que tras de longe as anciedades da carencia
De que adianta me manter preso a ti
Sem deixar, de meus sentidos, ter ciência?

A felicidade que zelei por você
Não tive para mim
E em cada sorriso apenas para crêr
Que você estaria bem no fim

Essa é a felicidade que busquei?
No fim de tantas luas a felicidade encontrei?
A resposta, é não por certo sei

Doce lua
Que tras de longe toda a amargura
De que adianta me fazer sorrir
Quando vejo a minha volta o espaço ruir?

Pois encontro então a resposta
Nessas noites em claro,
Digo e faço aposta
Não foi tristeza que veio, naquela hora, o faro

Quando vi a porta fechar
Quando não pude mais te olhar
E soube, foi a ultima vez que ouvi falar

Tive no coração o mais profundo pesar
Não o de tristeza em acabar
Mas a dor e a frustração de, por tanto, sacrificar
E no final, ter os planos destruidos ao falhar

Doce ciencia
Que tras de longe os afagos da sabedoria
De que adianta me afastar a carencia
Se em pé, vejo, sinto, era meu coração que morria?

Leve como o vento, a sensação
Essa é a que a descoberta traz
No fundo cria ancoras ao coração
Que por medo, voar nos faz

Desentralçado das amarguras e pesamentos vis
Eu, que quis riscar do passado
e as inuteis tardes gris
Vi o absurdo de culpa e disso, negado

Minha mão livre escreve bem
O que a mente lápida e o coração também
Não preso as bordoadas da aflição
De um passado negado, em que pese o coração

Oh Doce Negação!
Que tras tão de perto os prazeres e as dores
De que adianta me abraçar agora
Se meus meses já se foram em noites insones?

Mas em que pese a redenção
meu espirito encontra-se livre
Dessa culpa e desse pensamento vão
De me prender ao que fiz e disse

Oh doce sensação
Que tras de longe os ápices dessa redenção
Me matenha de pé agora
Para que possa seguir com paz no coração

Um comentário:

Marcel disse...

cara, ta muito complexo... tive que ler e relever para encontrar a profundidade. gostei muito.